Tarifas dos EUA e os impactos nas compras B2B

As tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos estão gerando impactos importantes nas cadeias globais de suprimentos. Em julho de 2025, o governo norte-americano, sob a gestão de Donald Trump, anunciou tarifas de até 50% sobre a importação de produtos brasileiros e de outros países. A medida, que afeta setores como químico, papel, alimentício e eletrônico, entrou em vigor no início de agosto.

Esse aumento nas tarifas eleva os custos de entrada de produtos brasileiros no mercado americano, comprimindo as margens de empresas B2B que atuam com exportação nos modelos de revenda, manufatura ou distribuição. O impacto também se estende à logística internacional, exigindo a reavaliação de contratos e gerando pressão adicional sobre prazos e custos de frete.

Segundo a Reuters, fabricantes brasileiros de produtos químicos já relataram cancelamentos de contratos com compradores americanos e dificuldades de renegociação, diante da elevação repentina dos custos e da perda de competitividade no mercado internacional.

A avaliação do Banco Central do Brasil também sinaliza preocupação: embora os impactos sejam, a princípio, setoriais, há risco de efeitos indiretos sobre inflação e câmbio caso o cenário se prolongue. Além dos exportadores diretamente afetados, empresas que compram insumos de países impactados pelas tarifas também devem se preparar, reavaliando fornecedores e mitigando riscos cambiais e logísticos.

Os impactos das tarifas americanas nas compras B2B

As novas tarifas impõem obstáculos para empresas brasileiras que atuam no mercado internacional. Ao encarecer os produtos nacionais no exterior, as medidas pressionam margens, afetam previsões de demanda e desorganizam cadeias logísticas integradas.

Esse cenário exige uma reorganização estratégica da cadeia de suprimentos. Empresas que dependem de matérias-primas ou componentes impactados pelas tarifas precisam buscar alternativas viáveis — seja por meio de fornecedores regionais, nacionais ou em países não atingidos pelas novas regras comerciais. O que antes era otimizado com foco exclusivo em custo agora demanda uma abordagem orientada à resiliência.

Além disso, a volatilidade cambial, intensificada por tensões políticas e econômicas, reforça a importância de uma gestão integrada entre as áreas de compras e finanças. A instabilidade nos preços e nas taxas de câmbio torna o planejamento orçamentário mais complexo, exigindo maior colaboração para mitigar riscos e proteger resultados.

Como a área de compras pode responder com inteligência

Diante desse novo cenário, a área de compras precisa agir com agilidade e inteligência para proteger a operação e manter a competitividade. Buscar alternativas de fornecimento em outros países e estruturar contratos mais flexíveis, com cláusulas de ajuste cambial ou revisões periódicas, são ações prioritárias.

Além disso, o uso de Procurement Analytics é essencial para entender quais categorias de produtos estão mais expostas, prever aumentos de custo e identificar rapidamente as melhores rotas de abastecimento. Times de compras que contam com plataformas digitais, gestão integrada de fornecedores e automação de processos conseguem reagir com mais rapidez às mudanças de cenário, reduzindo o impacto sobre a operação e mantendo previsibilidade.

Nesse contexto, a adoção de uma plataforma de e-Procurement é decisiva: centraliza processos, simplifica fluxos de aprovação, automatiza cotações e possibilita negociações mais inteligentes. Isso permite decisões rápidas e assertivas, baseadas em dados — desde a busca por novos fornecedores até a renegociação de contratos e o acompanhamento de indicadores, fortalecendo o controle sobre riscos, prazos e condições comerciais.

Até a próxima! 😉

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