O futuro do ESG: tendências que moldarão os investimentos em 2024

Nos últimos anos, o ESG (Ambiental, Social e de Governança) tem se destacado como um fator essencial na geração de valor, tanto para os consumidores quanto para os investidores.

Em um estudo recente conduzido pela EY, foi revelado que o ESG influencia 99% das decisões de investimento no Brasil.

Em um cenário em que as dimensões ESG se tornaram mais do que necessárias no mundo corporativo global, os comitês desempenham um papel de liderança ao direcionar as decisões estratégicas das empresas.

À medida que o movimento ESG continua a ganhar força em todo o mundo, é necessário estar ciente das tendências e observações que merecem nossa atenção nos próximos anos:

1. Adoção de tecnologia em nuvem para compras

A adoção de tecnologia em nuvem (cloud computing) para gerenciar processos de compras tem se mostrado uma estratégia eficaz.

Isso resulta em relações comerciais transparentes, melhora a conformidade regulatória e reduz o consumo de energia ao eliminar a necessidade de infraestruturas de TI onerosas.

A transição para a nuvem está alinhada com os princípios de sustentabilidade, tornando-a uma escolha inteligente para empresas comprometidas com o ESG.

Além dos benefícios já mencionados, a adoção de tecnologia em nuvem também oferece vantagens significativas em termos de agilidade e eficiência.

Ao migrar para a nuvem, as empresas podem escalonar recursos de forma rápida e flexível, adaptando-se às flutuações na demanda por compras.

Isso resulta em processos mais ágeis e eficazes, permitindo que as organizações respondam de maneira mais eficiente às mudanças no mercado e às necessidades dos clientes.

2. Avaliação contínua de riscos ESG

O cenário global está repleto de incertezas, desde inflação e custo de vida até instabilidade política e mudanças climáticas.

Os comitês ESG também desempenham um papel fundamental no monitoramento constante do impacto das operações da empresa em questões ambientais, sociais e de governança.

Isso envolve a coleta de dados e a análise de indicadores chave de desempenho (KPIs) relacionados a questões como redução de emissões de carbono, diversidade e inclusão no local de trabalho e práticas de governança corporativa.

O monitoramento de impacto ESG permite que a empresa avalie seu progresso em direção a metas sustentáveis e identifique áreas que precisam de melhorias.

Todos esses fatores podem afetar significativamente os negócios e os investimentos. Portanto, a avaliação contínua dos riscos associados a esses elementos é fundamental.

Os comitês ESG devem estar preparados para lidar com turbulências e desenvolver estratégias de mitigação de riscos.

3. Bem-estar dos colaboradores e cultura organizacional

A importância do bem-estar dos colaboradores ganhou destaque nos últimos anos.

Abordar questões de comunicação, ouvir as necessidades dos funcionários e promover sua saúde física, mental e bem-estar social são medidas que podem fortalecer a coesão da força de trabalho.

Empresas que priorizam o bem-estar dos funcionários muitas vezes experimentam uma maior satisfação da equipe e maior produtividade.

O foco no bem-estar dos colaboradores não apenas fortalece a coesão da equipe, mas também contribui para o desenvolvimento de uma cultura organizacional positiva.

Empresas que se preocupam com o bem-estar de seus funcionários geralmente promovem valores como empatia, respeito, inclusão e suporte mútuo.

Isso cria um ambiente de trabalho mais saudável, onde os funcionários se sentem valorizados e incentivados a contribuir com suas ideias e esforços de forma construtiva.

4. Gestão da cadeia de suprimentos sustentável

A resiliência na cadeia de suprimentos é crítica para o sucesso dos negócios, especialmente em um mundo onde os riscos são multifacetados.

Os comitês ESG devem concentrar esforços na redução de riscos, na revisão de políticas integradoras e na ampliação da diversificação da base de fornecedores.

A sustentabilidade deve ser integrada ao processo, tornando a cadeia de suprimentos mais resiliente e responsável.

Outro aspecto fundamental da gestão da cadeia de suprimentos relacionado aos comitês ESG é a rastreabilidade e a transparência.

Para garantir a conformidade com os princípios ESG, é essencial que as empresas possam rastrear a origem de seus produtos e matérias-primas, bem como as condições de trabalho e práticas ambientais de seus fornecedores.

A implementação de sistemas de rastreamento e relatórios transparentes ajuda a identificar e mitigar riscos associados a fornecedores que não atendem aos padrões éticos e sustentáveis.

5. Divulgação de ESG para o mercado corporativo

Novas regras anuais de divulgação corporativa sobre governança, compliance, meio ambiente e sociedade estão se tornando exigências legais devido à crescente demanda do mercado.

Empresas que adotam abordagens abrangentes de sustentabilidade e estabelecem uma comunicação eficaz com os mercados financeiros globais estão mais bem posicionadas para atrair investidores conscientes do ESG e alcançar um desempenho sustentável a longo prazo.

A divulgação eficaz de informações ESG não apenas atrai investidores conscientes do ESG, mas também pode abrir portas para o acesso a capital sustentável.

Muitos fundos e investidores institucionais estão incorporando critérios ESG em suas decisões de investimento e alocando capital para empresas que demonstram um compromisso sólido com esses princípios.

Assim, as empresas que se destacam na divulgação ESG podem ter acesso a financiamento mais favorável e custos de capital reduzidos.

Em resumo, o ESG é uma tendência que veio para ficar e continua a moldar o mundo dos investimentos e dos negócios.

À medida que nos aproximamos de 2024, as empresas que se adaptam e correspondem a essas tendências estarão em uma posição mais forte para prosperar em um ambiente de investimento cada vez mais orientado pelo ESG.

Até à próxima! 😉

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