Finanças para compradores: conceitos essenciais para decisões estratégicas

Com o papel de compras cada vez mais estratégico, os profissionais da área precisam compreender conceitos de finanças. Além de negociar preços e prazos, é essencial avaliar aspectos que impactam a economia da empresa, como fluxo de caixa, custo total de aquisição e retorno sobre investimento.  

Esses conhecimentos permitem decisões mais alinhadas aos objetivos financeiros da organização, fortalecendo o papel do comprador como agente de geração de valor.

Ao considerar aspectos relacionados a finanças, o profissional de compras contribui ativamente para a saúde financeira da empresa e melhora sua capacidade de justificar escolhas estratégicas. 

 Integrar a linguagem financeira ao processo de compras também eleva o nível das negociações com fornecedores, promove maior integração com áreas internas e contribui para uma gestão mais eficiente dos recursos.

Em um cenário cada vez mais orientado por dados, ter conhecimento sobre finanças é fundamental para quem atua na cadeia de suprimentos. 

A seguir, confira os principais conceitos de finanças que compradores devem conhecer: 

 1. Indicadores inflacionários

Compreender índices como IPCA, IGP-M e INPC é essencial para avaliar o impacto da inflação nos contratos de fornecimento, reajustes de preços e nas negociações de longo prazo. O comprador que acompanha essas variações negocia com mais previsibilidade e fundamenta melhor suas decisões. 

  • IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo

Principal indicador da inflação no Brasil, o IPCA mede a variação dos preços de bens e serviços consumidos pelos brasileiros, como alimentação, transporte, habitação, saúde, entre outros.

Esse indicador é usado pelo Banco Central para monitorar a inflação e ajustar a taxa de juros, impactando a negociação com fornecedores. 

  • IGP-M – Índice Geral de Preços – Mercado

O IGP-M é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M reflete a variação de preços em três grandes áreas: atacado, consumidor e construção civil.

Enquanto o IPCA é focado no consumo das famílias, o IGP-M pode ser mais sensível às flutuações econômicas, como as variações nos preços das commodities e nas taxas de câmbio. 

  • INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor

O INPC é um indicador da inflação que mede a variação dos preços para famílias com renda de 1 a 5 salários-mínimos.

É bastante utilizado para reajustes salariais em acordos trabalhistas, além de ser uma referência para o reajuste de benefícios sociais. Muitos contratos com fornecedores, especialmente de serviços, preveem reajustes com base no INPC. 

  • INCC – Índice Nacional de Custo da Construção

Indicador inflacionário que mede a variação dos custos de materiais e serviços utilizados na construção civil, o INCC é utilizado como referência para reajustes em contratos de obras e empreendimentos imobiliários.

É acompanhado principalmente por empresas que atuam no setor de construção e infraestrutura, pois impacta diretamente o valor dos contratos. 

2. Métricas financeiras para decisões estratégicas

  • Fluxo de Caixa

Entender o fluxo de caixa é fundamental para o comprador atuar de forma alinhada com a capacidade financeira da empresa. Esse conceito representa a entrada e saída de recursos no caixa.

Ao considerar o impacto das escolhas de compras no fluxo de caixa, o comprador buscará negociar melhores prazos de pagamento ou considerar antecipações com desconto. 

  • Margem de contribuição

A margem de contribuição é o valor que sobra da receita de um produto depois de descontados os custos variáveis (matéria-prima, frete unitário, entre outros).

O indicador mostra o quanto cada unidade vendida contribui para cobrir os custos fixos da empresa e gerar lucro. Conhecer esse valor permite ao comprador priorizar aquisições que impactem a lucratividade. 

  • Ponto de equilíbrio (Break-even)

O ponto de equilíbrio é o volume mínimo de vendas necessário para que a empresa cubra todos os seus custos e despesas. A partir desse ponto, qualquer receita adicional representa lucro.

Conhecer o ponto de equilíbrio permite ao comprador avaliar o impacto das aquisições no lucro e negociar com foco em rentabilidade. 

  • TCO – Custo Total de Aquisição

O TCO vai além do preço e considera custos logísticos, armazenamento, impostos, manutenção, ciclo de vida do produto, entre outros.

Ao adotar a análise de TCO, os profissionais de compras avaliam todos os custos relacionados a compra e não apenas o valor inicial. Isso permite decisões com foco em eficiência, redução de desperdícios e maior retorno sobre o investimento. 

  • ROI – Retorno sobre investimento

O ROI é uma métrica essencial para avaliar o retorno gerado por um investimento em relação ao seu custo. No contexto de compras, o indicador permite medir a efetividade de uma aquisição.

Com essa análise, o comprador justifica investimentos com base em dados, prioriza opções com maior potencial de retorno e fortalece seu papel estratégico nas decisões da empresa. 

  • Índices de rentabilidade

Indicadores, como margem líquida, ROE (retorno sobre patrimônio líquido) e ROA (retorno sobre ativos) ajudam o comprador a avaliar a saúde financeira de fornecedores e até a projetar impactos das compras nos resultados da empresa.

Esses índices permitem decisões mais embasadas sobre parcerias, além de contribuírem para a mitigação de riscos. 

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