O futuro de compras é sustentável: economia circular, ESG e gestão de fornecedores

Qual futuro queremos construir para as próximas gerações? E por que precisamos agir agora?

Esta é uma pergunta com muitas respostas e apenas uma certeza: somos nós – pessoas, empresas e governos – os responsáveis por promover ações que diminuam significativamente os impactos negativos das nossas atividades no planeta.

No que tange à área de compras e cadeia de suprimentos, ser sustentável não é mais uma escolha. E é justamente por essa razão que economia circular, ESG e gestão de fornecedores são dimensões fundamentais para a sustentabilidade do setor.

A temática, que vem sendo cada vez mais discutida nas empresas, tem o procurement como fio condutor das reflexões e transformações que precisam ser promovidas urgentemente.

Foi pensando nessa crescente demanda que o ME B2B Summit 2021 promoveu o painel “O futuro de compras é sustentável”, com a presença de grandes nomes do mercado:

  • Dominic Schmal, diretor de sustentabilidade e Instituto EDP;
  • Murilo Zappelini, head de procurement América do Sul da ALPLA;
  • Francisco Cortinas, diretor de suprimentos da Hidrovias do Brasil;
  • Priscila Miguel, coordenadora do FGV-CELog.

A seguir, confira as principais experiências dos convidados do evento sobre o papel do comprador na economia circular, práticas de ESG e gestão de fornecedores.

A sustentabilidade como cultura organizacional

No dicionário, a palavra “jornada” tem o significado de “andada”, “caminhada”. A verdade é que a corrida pela sustentabilidade nunca termina. É um meio, não um fim.

No mundo corporativo, a área de compras é uma das principais protagonistas nesse percurso. E uma compra sustentável vai muito além dos insumos escolhidos para a sua produção.

É fundamental – e muito desafiador – garantir que toda cadeia produtiva não viole os direitos humanos. É essencial também que não haja suborno ou corrupção nas negociações.

Essas e todas as demais questões que envolvem sustentabilidade e compliance precisam ser prioritárias na agenda do CPOs – que têm como missão ampliar as discussões nas empresas.

Apesar disso, a área de compras não pode e nem deve caminhar sozinha na jornada sustentável. A companhia inteira deve agir de forma responsável e se comprometer com os aspectos de ESG.

Para que a sustentabilidade se torne uma realidade, ou seja, se torne uma cultura, é preciso que que economia circular, ESG e gestão de fornecedores cumpram mais que aspectos legais.

Economia circular vai muito além do descarte

É quase impossível falar em ações sustentáveis sem repensar, reduzir, recuperar e reciclar materiais e energia. São esses os 4R’s da sustentabilidade ligados à economia circular.

Em compras, é necessário ressignificar o modelo de produção e de descarte de produtos. O ponto principal é a mudança de mindset da responsabilidade das organizações nesse quesito.

Quando se fala em mudança de produto, por exemplo, na maioria das vezes, a primeira questão que surge nas organizações é o preço – e não o valor agregado.

Nesse sentido, a área de compras tem que sair da plateia e ir para o palco. Somente assim, o departamento conseguirá promover mudanças significativas para as organizações e sociedade.

Cada vez mais, aspectos que promovam a economia circular, como avaliação de ciclo de vida do produto e ecodesign, devem fazer parte das estratégias das empresas.

Por isso, mais que incentivar a economia circular, as compras sustentáveis vão ajudar as empresas a se manterem competitivas em um mercado acirrado.

Engajamento de fornecedores começa dentro de casa

Assim como a economia circular e o ESG, a gestão de fornecedores e a área de compras precisam caminhar juntas na jornada rumo à sustentabilidade.

Nas empresas, as políticas de sustentabilidade contêm os requisitos para o fornecimento, mas infelizmente não são suficientes para assegurar as boas práticas por parte dos fornecedores.

E aí que entra a importância de ter práticas de gestão de fornecedores, como a homologação, etapa em que são verificados os aspectos fiscais, trabalhistas, ambientais, entre outros.

Além de ter processos muito bem desenhados, nessa jornada, é necessário enxergar o fornecedor como parceiro estratégico, ter relacionamento próximo e, claro, ser ouvinte.

Para que todos esses requisitos obtenham êxito e consigam engajar os fornecedores, é fundamental que a sustentabilidade, de fato, aconteça de dentro para fora – e não ao contrário.

 

Acima, vimos os principais pontos discutidos no painel “O futuro de compras é sustentável: economia circular, ESG e gestão de fornecedores”, no ME B2B Summit 2021.

Para além das questões ambientais, adotar políticas que considerem aspectos de diversidade e inclusão já deixaram de ser tendência e têm, cada vez mais, se tornado realidade.

E na sua empresa, como as questões de economia circular, ESG e gestão de fornecedores têm sido encarados?

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Até a próxima! 😉

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