A inteligência artificial está redefinindo a forma como as empresas negociam e se relacionam, e os chats evoluíram para muito além das interações automáticas.
Hoje, os assistentes virtuais de compras — ou procurement agents — atuam como agentes autônomos integrados aos sistemas de gestão, capazes de criar cotações, indicar fornecedores, negociar preços, monitorar riscos e antecipar demandas com base em dados.
De acordo com o relatório The Future of Procurement with AI Agents (Gartner, 2024), até 2027 mais de 40% das transações operacionais de compras serão executadas por agentes autônomos de IA, reduzindo em até 60% o tempo gasto em atividades transacionais e ampliando a capacidade analítica das equipes.
A mudança é profunda: em vez de apenas responder comandos, os assistentes passam a agir de forma proativa, interagindo com múltiplos sistemas e fontes de dados.
Eles deixam de ser ferramentas de suporte e se tornam parceiros estratégicos, ajudando os compradores a tomar decisões mais rápidas, embasadas e precisas.
Como os agentes autônomos transformam o dia a dia do comprador
O impacto prático já é visível. Enquanto os chatbots tradicionais exigiam comandos específicos e respostas diretas, os novos agentes virtuais atuam de maneira preditiva, monitorando fluxos de compras e sugerindo ações antes mesmo que o comprador precise solicitá-las.
Esses agentes são capazes de:
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Criar e enviar solicitações de cotação com base em parâmetros definidos pela empresa;
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Reunir e comparar propostas automaticamente, destacando as melhores opções de custo-benefício;
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Notificar o comprador sobre oportunidades de saving ou riscos de fornecimento;
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Conduzir negociações simples e reofertas de forma autônoma, com base em regras pré-configuradas;
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Acompanhar indicadores de desempenho e sugerir ajustes de estratégia em tempo real.
Essas funções liberam o comprador das tarefas repetitivas para se concentrar no que é mais estratégico, como sustentabilidade, inovação e relacionamento com fornecedores.
O futuro colaborativo entre humanos e máquinas em compras
A adoção de agentes autônomos em compras está alinhada à visão do World Economic Forum (2024), que destaca a automação inteligente como uma das forças mais disruptivas na cadeia de suprimentos global.
As empresas que incorporam IA autônoma em seus processos de procurement reduzem custos operacionais, aumentam a conformidade e aceleram a tomada de decisão.
Mais do que uma tendência tecnológica, os assistentes virtuais representam um novo modelo de colaboração entre humanos e máquinas.
O comprador deixa de ser um executor e passa a atuar como estrategista e orquestrador de valor, usando a inteligência artificial como uma extensão da própria capacidade analítica.
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