Coronavírus e seus impactos no B2B e na cadeia de fornecimento

Coronavírus: os impactos causados no mercado B2B

Neste último mês, o mundo entrou em estado de alerta por causa do Coronavírus. A primeira manifestação do vírus aconteceu no início de dezembro de 2019, na província de Wuhan, localizada na China.

Este problema tem impactado diversos setores da indústria, incluindo o mercado B2B. Inúmeras empresas estão perdidas, procurando um plano B para conseguir manter sua cadeias de fornecimento ativas, na tentativa de que seus negócios não sejam prejudicados pelo desabastecimento. Entretanto, muitas delas estão se deparando com problemas de importação e inúmeros atrasos devido a cautela mundial no cenário do Coronavírus.

Nesse momento de adversidade, onde as coisas muitas vezes não acontecem como esperamos, é que entendemos a importância de fazer a gestão de riscos nos negócios.

 

Coronavírus no Brasil e no Mundo

No dia 26 de fevereiro, foi confirmado o primeiro caso de Coronavírus no Brasil. O caso trata-se de uma pessoa que veio da Itália para São Paulo, e agora está em isolamento domiciliar.

No mundo, além da China, outros 46 países, divididos em cinco continentes, já registraram casos confirmados de Coronavírus. Grécia, Geórgia, Noruega e Paquistão também reconheceram os primeiros casos do vírus no último dia 26.

 

Coronavírus, gestão de riscos e o mercado B2B

Nenhum negócio é intocável. As ameaças são inerentes a todos e, quando falamos sobre riscos, existem aqueles que conseguimos prever e evitar, e aqueles que simplesmente acontecem e nos forçam a atuar rapidamente para que os impactos sejam mínimos nos negócios e na sociedade.

Por isso, é preciso ter um plano de contingência sempre que algo inesperado aconteça.

Na metodologia clássica dos 5 passos estão previstas as seguintes etapas:

  • Identificação: mapeamento dos riscos.
  • Análise qualitativa: definição do nível de importância de cada risco e a probabilidade de ele ocorrer.
  • Análise quantitativa: avaliação dos impactos e dos efeitos causados pelos riscos.
  • Planejamento de respostas: definição das ações, em caso de ocorrência da ameaça para minimizar os efeitos.
  • Monitoramento: acompanhamento dos processos de prevenção para garantir que estão sendo executados.

No caso do Coronavírus, temos visto que o risco sequer havia sido mapeado. Já tivemos outras epidemias internacionais, até com índice de letalidade superior a atual, mas que não provocaram o desequilíbrio na economia global como estamos observando agora. Os efeitos da crise atual têm sido mais provocados pelo pânico gerado do que a infecção propriamente dita.

Neste cenário, é necessário revisitar os 5 passos da gestão de riscos, não só olhando para o risco primário da contaminação das pessoas, mas também os riscos secundários na cadeia de suprimentos e na economia mundial.

O planejamento das respostas deve incluir fontes alternativas de suprimentos e níveis de estoque, considerando também uma possível queda na demanda dos produtos ou serviços das empresas.

A maior dificuldade hoje, dada as incertezas, é realizar a análise quantitativa que determina os potenciais impactos e efeitos para o negócio.

De qualquer forma, é necessário desenvolver alguns cenários para o planejamento das ações e enfrentamento da crise.

 

Coronavírus e seus impactos no Mundo VUCA

A crise do Coronavírus no mundo reforça o conceito VUCA, um acrônimo que nasceu no final dos anos 90, na época pós-Guerra Fria, para explicar diversas situações adversas no universo militar.

Hoje, comumente utilizado nos negócios, o termo tem como objetivo elucidar o momento que estamos passando, marcado pela velocidade, imprevisibilidade, transformação e diferentes pontos de vistas sobre um mesmo fato.

O mundo VUCA é líquido e incerto e só o conhecimento é capaz de permitir que as organizações acompanhem tantas mudanças.

Esta crise mundial reforça a importância de colocarmos em prática conceitos já bem difundidos no mercado, mas ainda pouco aplicados.

É importante que as empresas busquem um alinhamento entre o discurso e a prática, ou seja, estabeleçam planos de gestão de riscos, e sejam coerentes, transparentes e eficazes.

 

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