
Liderar compras em 2026 vai muito além de eficiência operacional. Em um ambiente marcado por pressão por resultados, riscos crescentes e maior responsabilidade sobre toda a cadeia de valor, líderes precisam equilibrar estratégia, tecnologia e governança para gerar impacto direto no negócio.
Nesse contexto, a digitalização deixou de ser diferencial e passou a refletir o nível de maturidade da função. Segundo a PwC, 94% das empresas já utilizam alguma solução Source-to-Pay.
O debate, portanto, não está mais na adoção de ferramentas, mas na capacidade de transformar processos, acelerar decisões e converter tecnologia em valor real.
A seguir, reunimos as prioridades que devem orientar a liderança em compras nos próximos anos:
1. Digitalização profunda e reestruturação de processos
Com a ampla adoção de soluções S2P, o foco migra para o redesenho dos processos de ponta a ponta.
Isso envolve reduzir atividades manuais, integrar sistemas, fortalecer a governança e garantir uma jornada de compras fluida, conectada e transparente.
Mais do que buscar savings, líderes precisam avaliar onde a tecnologia gera impacto em agilidade, controle, previsibilidade e qualidade das decisões.
A maturidade digital passa a ser medida pela eficiência do fluxo, não apenas pela existência da ferramenta.
2. IA e automação como motores de eficiência
De acordo com a McKinsey, a aplicação de IA e automação pode elevar a eficiência do procurement entre 25% e 40%. Trata-se de uma mudança estrutural na forma como a área opera.
A prioridade deixa de ser apenas substituir tarefas e passa a ser ampliar inteligência. Automatizar análises, melhorar previsões, acelerar aprovações e qualificar decisões libera o time para atuar de forma mais estratégica.
Líderes que avançam nessa agenda constroem equipes mais produtivas, técnicas e preparadas para lidar com maior complexidade.
3. Inteligência de dados para decisões mais rápidas e precisas
Os dados deixaram de apoiar a gestão e passaram a ocupar o centro das decisões. Garantir qualidade, padronização e confiabilidade das informações é essencial para transformar dados em insights acionáveis.
Dashboards precisam orientar a execução, não apenas reportar resultados. Indicadores devem ser comparáveis.
E análises precisam se traduzir em decisões concretas sobre riscos, fornecedores, contratos e oportunidades de otimização.
4. Parcerias estratégicas com fornecedores e mitigação de riscos
Com cadeias cada vez mais interdependentes, a gestão de fornecedores volta ao centro da agenda. Fortalecer a colaboração, ampliar a visibilidade de riscos e desenvolver planos de contingência torna-se essencial para sustentar a operação em cenários adversos.
Líderes que constroem relações baseadas em parceria e transparência aumentam a resiliência da cadeia e criam vantagem competitiva de longo prazo.
5. Conexão direta com finanças, governança e impacto no negócio
O papel estratégico de compras como influenciador financeiro se consolida em 2026. Governança, previsibilidade e alinhamento com finanças passam a ser decisivos para decisões mais rápidas e melhor planejamento de caixa.
Quando compras e finanças operam de forma integrada, a área consegue demonstrar impacto com clareza, acompanhar economias realizadas e projetadas e fortalecer sua relevância estratégica dentro da organização.
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