O papel do Chief Procurement Officer (CPO) está passando por uma das maiores mudanças de sua história.
Antes, sua atuação era voltada para as questões operacionais, como controle de custos, negociações com fornecedores e cumprimento de prazos.
Hoje, a expectativa vai além da eficiência: o CPO precisa impulsionar a inovação, fortalecer práticas de sustentabilidade e transformar o procurement em uma área estratégica voltada à geração de valor.
De acordo com o Gartner, mais de 70% das empresas de alta performance esperam que CPOs assumam responsabilidades ligadas diretamente à criação de valor, consolidando seu papel como agentes de transformação dentro das organizações.
A atuação do CPO em um ambiente de negócios complexo
O mercado atual, marcado por volatilidade de preços, riscos geopolíticos e novas exigências de consumidores, aumenta a responsabilidade do CPO em garantir cadeias de suprimentos resilientes, capazes de sustentar o crescimento das organizações de forma responsável e competitiva.
Nesse contexto, o CPO deixa de ser apenas gestor de processos e passa a atuar como orquestrador do Procurement, conectando tecnologia, pessoas e estratégias para construir cadeias de suprimentos mais ágeis, inovadoras e alinhadas aos objetivos de negócio.
De Chief Procurement Officer a Chief Value Officer
À medida que a pressão por resultados sustentáveis cresce, o CPO tradicional dá lugar ao Chief Value Officer: um líder de transformação que conecta eficiência de curto prazo com impacto estratégico de longo prazo.
Mais do que negociar preços, esse novo papel exige garantir que cada decisão de compras esteja alinhada ao propósito corporativo, aos critérios ESG e à reputação da marca.
Segundo o Gartner, fatores como regulação, ESG, volatilidade macroeconômica e mudanças climáticas serão os principais agentes externos a moldar esse cenário.
Para se manter competitivo, o CPO precisará adotar inteligência artificial, repensar modelos operacionais e desenvolver uma capacidade contínua de adaptação.
O papel da tecnologia na transformação do CPO
Inteligência artificial, analytics e automação estão ajudando os CPOs a liderar essa evolução, permitindo decisões mais rápidas, precisas e estratégicas.
Segundo o Deloitte Global CPO Survey 2025, os líderes de compras estão ampliando investimentos em tecnologia, com foco em IA generativa e automação.
Os chamados Digital Masters já destinam até 24% do orçamento de compras para soluções digitais, conquistando ganhos claros em eficiência e qualidade na tomada de decisão.
Com isso, as equipes de Procurement deixam de depender apenas de dados históricos e passam a atuar de forma preditiva, antecipando cenários e apoiando a inovação em toda a empresa.
Habilidades essenciais para o CPO do futuro
De acordo com o World Economic Forum – Future of Jobs Report 2025, as competências mais exigidas dos líderes do futuro se aplicam diretamente ao papel do CPO:
- Pensamento crítico e resolução de problemas complexos
- Adaptabilidade e agilidade
- Autoconhecimento e inteligência emocional
- Curiosidade e aprendizado contínuo
- Propósito e liderança com valores
- Resiliência e persistência
- Inclusão e valorização da diversidade
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